Esta exposição teve como ponto de partida a exploração do erro enquanto processo de produção de imagens audiovisuais, resultantes de uma procura auto-consciente da imperfeição. Da reciclagem de "lixo" videográfico e cinematográfico surgiu um conjunto de instalações video concebidas para esta exposição, que sugeriam um constante mistério para o observador ao longo do seu percurso pelos vários espaços da galeria.
Hugo Olim e Pedro Maia, dois videastas com carreira emergente nas novas práticas do vídeo-jaming e performance som e imagem, apresentaram pela primeira vez, em simultâneo, um conjunto de instalações vídeo originais, que convergiram numa reflexão sobre a memória e a falibilidade das imagens em movimento: um olhar sobre as fragilidades dos suportes analógicos e digitais, numa nova perspectiva que se reinventa, através das possibilidades de re-interpretação operadas pelo uso e manipulação de found –footage.